quinta-feira, 20 de novembro de 2008

UMA BOA IMPRESSÃO...

Lugares de Mim

Que corpo é este? Corpo onde estão impressas memórias distantes de coisas que não vivi necessariamente mais que fazem parte da espécie a qual pertenço. Espécie humana, lugares atávicos, mas eu os sinto mesmo não sabendo explicar. Apenas sinto, lugares esquecidos, lugares que desconheço e outros que conheço muito bem, lugares que me chamam a mergulhar quase como se estivesse em transe. Digo quase, pois tenho consciência dos estímulos que cada movimento provoca em mim, mesmo não sabendo precisar que lugares eles me fazem acessar. Neste momento sou expectador, mas em nenhum momento passivo, pois a cada movimento proposto pelos artistas criadores acesso lugares de mim, é como se uma grande espiral de energia fosse me envolvendo aos poucos. Os olhares, os silêncios, o chão e fundo branco, puxando cada vez mais meu olhar para estes corpos em crise, em extâses, pois eles também são reflexos do meu corpo, dos meus desejos. É engraçado me sinto cúmplice, me sinto fazendo parte. Em muitos momentos tive vontade de abraçá-los e de me juntar à eles.

Minhas impressões sobre o espetáculo : Lugares de mim
Adriano Carvalhaes.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

COMPAREÇAM.



Bom é isso:

estamos no Teatro Cleon Jacques no Parque São lourenço de Quarta a Sábado 20H e Domingo 19H

até dia 23 de Novembro

uma Lata/Pacote de leite em pó.

esperamso todos vocês então OK!!!

merda merda...

domingo, 12 de outubro de 2008

Tá quase ai!!!!

Bom Galera

tá chegando a hora de ir mesmo para a cena, as coisas estão se ajeitando de formas mais naturais possiveis.
acompanhar como esta sendo desenvolvida algumas coisas da trilha com a Edith, ver os desenhos do Edu darem conta das nossas espectativas, notar que a luz do Fer esta de acordo com os estudos e as conversas com o Marlon nos deixando pirados com esses vídeos sem contar as ótimas fotos da Elenize.
esta quase na Hora então já estou contando os minutos para tudo começar....

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Aparição da Latência

Outra coisa estranha...
Pois estava eu vindo do ensaio pensando em coisas sobre minha latência e quando parei num semáforo senti a presença de uma pessoa ao meu lado, olhei e vi um cara. conectei-me com seus passos e andamos alguns metros juntos.
Eu pra variar estava de fone nos ouvidos e fazendo um TSURU com papelzinho de um Halls e tentando me COMUNICAR com ele. Não sei como mais ele alguns metros depois disse:
- E ai estamos andando juntos um tempo e você não vai dizer nada?
tirei um dos fones e disse:
-Oi?
Ele repetiu a frase e ai começamos um diálogo inesperado, falamos de trabalho, cansaço e até de férias... então ele disse que era músico
-Prazer sou Bailarino
E fomos mais alguns quarteirões conversando, não sei o nome dele, e nem como ele percebeu a minha VONTADE de COMUNICAR que era grande e no momento era o que eu precisava.

Será que minha latência começa a aparecer????
tomara que sim não é?

seguimos trabalhando... bjs

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

um olhar na fenomenologia

um pouco de Merleau Ponty para refletir:

- a fenomenologia tem por objetivo descobrir o mundo antes do saber e do conceito- a partir do "ser bruto"-, segundo o jargão merleau pontyano-, e por isso esse é um processo de "deslumbramento", segundo o filósofo, pois o poeta procura, mas nem sempre encontra, apoio na linguagem proferida. Razão pela qual Merleau-Ponty define,na famosa introdução ao seu trabalho mais extenso, a Fenomenologia da percepção, que "a melhor fórmula da redução é um espanto[étonnement] diante do mundo.
- a fenomenologia é o estudo das essências; em nenhum momento ela se afasta da existência, plano em que as idéias não são puras, isto é, regradas de princípio cartesiano(idéias claras e distintas) ou Kantiano(formas de intuição e categorias do entendimento). Sabemos que no mundo vivido as razões estão ocultas, não manifestas, isto é, o instante em que o sujeito e o objeto se abraçam(num primeiro momento a partir do corpo próprio) : nem sujeito, nem objeto.
- procurar a essência do mundo não é procurar o que ele é em idéia, como se ele fosse um objeto para o pensamento , mas a experiência pré objetiva que, segundo Merleau-Ponty, "eu não domino porque é inesgotável"
Por Cristiano Perius

Isto tudo significa muito para nós. Arrisco dizer que estes trechos retirado da matéria sobre Fenomenologia e Estética deveriam ser lidos por nós todos os dias como ponto de partida para a criação. Lógico que sempre discutimos muito sobre a experiência do corpo ou como a vida nos deixa diferentes marcas, fazendo cada um ser o que é e que é exatamente isto que interessa no nosso fazer artístico ; mas é bom demais encontrar uma base teórica para aquilo que acreditamos empiricamente. Para o trabalho que busco juntamente com vcs, isto é uma grande verdade.
Vamos ao trabalho(continuar)
Bjs enorme
Cintia Napoli

terça-feira, 2 de setembro de 2008

comunicação...

Conversas por MSN com uma grande AMIGA e olha no que deu:

Candice diz: estava estudando a etnologia da palavra conversar e sabe o que significa?
Candice diz:dar voltas
Peter diz: rsrsrs não acredito
Candice diz:com outro tempo, outro significado, outro ambiente, outras pessoas
Peter diz: eu penso muito nessa minha dança, em comunicar o que sinto
. E ás vezes não cabe tudo sabe
Candice diz: porque talvez latências não sejam só críticas mas sensíveis tb e a comunicação nasce da diferença. Todo processo de comunicação pressupõe a existência da diferença. É preciso ser capaz de reconhecer o outro, existir algo q se destaque em um ambiente de iguais para q a comunicação se estabeleça. Desde o começo da vida todas as ações q guiam o reconhecimento desse outro são acompanhadas de um mesmo sentimento: o medo. Às vezes quando pensamos em comunicar carregamos a idéia de um corpo recipiente, que tem idéias que a gente tira e põe. Isso é muito louco por exemplo qdo a gente pensa nas metáforas. As metáforas são muito eficientes para comunicar coisas, pois sugerem significados mas não encalacram ele no corpo. Estão num fluxo contínuo com o lugar onde a gente tá. Adoro pensar nisso CORPO É MUNDO, isso é da Katz e Greiner

domingo, 31 de agosto de 2008

Borboletas


O que mais tem interessado à companhia, na relação da dança com a fotografia, é o estado de latência do filme antes de ser completamente revelado e as próprias fases de revelação da imagem. Cada um de nós começa, aos poucos, a descobrir suas próprias "latências" no corpo. Latências que são desejos, vontades, incubações de universos fantásticos que queremos compartilhar. Corpos que guardam pequenos segredos latejantes, loucos para romper as barreiras da pele para virar imagens em movimento.
A minha latência hoje se divide em 4 fases de revelação:
1. Reconhecimento do próprio corpo, mapeamento da estrutura externa. Constragimento de um corpo onde carrego todos os meus desejos e que já não dá conta de revelar tudo o que eu sinto. Desconforto dentro da estrutura. Estranhamento, vergonha. Tentativas de superar os limites físicos e extrapolar a mulher que se move livre cá dentro de mim. Borboletas presas em paredes imaginárias querendo sair.
2. A grande tentativa de parecer mais mulher e de ser sensual. Tentativa de chamar a atenção a qualquer custo, de fazer com que olhem para mim. Busca dos artifícios que me cabem: costas, ombros, pernas, olhos. A exposição patética. Frustração.
3. O desejo íntimo de entregar meu coração à alguém. De confiar e ganhar confiança. De ser amada e aprender a amar. Descobrir a mulher de alguém e com alguém. Construir relação.
4. Abrir, abrir, abrir ...
Abrir espaço para que essa mulher apareça.
Abrir possibilidades para que novas coisas aconteçam.
Abrir o olhar para o que está a volta.
Abrir o peito para o que a vida oferece.

SE abrir!

Olho d'água

A nascente apareceu repentina ao pé da cama. Irritou-se a princípio, tanta água estragando o sinteco. Nem identificou a poça, constante apesar de panos e baldes.

Logo teve que se convencer. Água surgia do cimento, taco, sem que cano algum passasse nas vizinhanças. Era a benção de uma fonte.


Banhou-se então seguidas vezes na água milagrosa. Ao entardecer despia-se, levantava a água nas mãos em concha e a despejava sobre o corpo. Não tornava a vestir-se. Deitava nua na cama, lavadas as carnes, preciosa a pele. E com mãos suaves alisava o corpo santo, acariciava-se em redescoberta de amor. Suspirosa adormecia seu sono de festa. Aumentando a água, infiltrou porém no teto do vizinho. Que houve por bem reclamar com porteiro síndico polícia, comparecendo o bombeiro a mando da lei para, cimento e brocas, acabar com o estranho surgimento.

Ao entadecer brilha seco o sinteco. Mas do umbigo, fresca e clara, água brota alagando o ventre, lavando as carnes brancas sobre a cama.



Marina Colasanti

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Uma das Latências...

Entre os bares

Beba, meu amor, fique para cima a noite toda
As coisa que você poderia fazer, você não vai, mas deveria
O potencial que você terá e que nunca verá
As promessas que você apenas fará

Beba comigo agora e esqueça a pressão dos dias
Faça o que eu digo e eu te deixarei bem, e deixá-las afastadas
As imagens presas na sua cabeça
Pessoas com quem você tem estado antes, que voçê não quer mais ao seu redor
Que empurram e metem e não vão se curvar para a sua vontade
eu ainda vou mantê-los

Beba, amor, olhe para as estrelas
eu vou te beijar de novo entre os bares de onde eu estou te vendo
alí, com as mãos no ar esperando para serem finalmente agarradas

Beba mais uma vez, e eu vou te fazer minha
Eu te deixarei profundamente distante no meu coração, separada do resto
onde você será a melhor
e manter as coisas que você esqueceu
Pessoas com quem você tem estado antes, que voçê não quer mais ao seu redor
Que empurram e metem e não vão se curvar para a sua vontade
eu ainda vou mantê-los



Arrasô hein Juli

Busca: Amar e ser amado

Amar e ser amado, isso que me impulsiona a caminhar para frente. Quero uma pessoa para dividir uma vida; uma casa, filhos, cachorros, etc. Constituir uma família. Busco isso desde o momento que sai de Salvador quando terminei o segundo grau. Mais do que dinheiro e status, que também acho muito importante, acho que sempre busquei um lugar onde eu pudesse chamar de lar e que tivesse alguém me esperando.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Falando um Pouco...

Descobrir uma latência, uma coisa que me pega de um jeito todo especial e poder dividir isso com um público às vezes é meio complicado, mas através da pesquisa em dança com a desCompanhia estamos investigando essas formas de comunicar nossas latências.
Um trabalho e tanto, que vem de encontro com muitas coisas que pensamos e sentimos, revelar uma latência é algo que instiga nossa pesquisa, a cada descoberta, a cada fase dessa revelação vamos nos descobrindo, juntando toda nossa experiência com poemas, fotos, imagens e muita conversa tentando por tudo isso em ordem.
A comunicação é uma das coisas que busco pesquisar, como esse comunicado chega até as pessoas? pela voz, movimentos, gestos ou imagens; tento de algum modo comunicar com a minha dança, fazendo ligações.
A pesquisa está apenas no começo, então está lançada uma forma de comunicação.
" O que está em crise são as coisas em si mesmas ou nossa maneira de apreciá-las"

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

INTERSEÇÃO E/OU AS DIFERENÇAS

Compartilhando um aprendizado meu.
A verdade está no caminho do meio, meio é a interseção.
A diferença é o adorno magnífico, porém é necessário procurar algo que une tudo e não se aprisionar nas diferenças - isso nos permite ampliar o nosso olhar e a intuição. Precisamos entender que a censura está em quem olha somente as diferenças.

“É preciso, para tentar distinguir o essencial, esquecer por um momento as divisões que, uma vez admitidas, arrastam todo um Alcorão de verdades intocáveis e o fanatismo conseqüente. Podem-se classificar homens em homens da direita e homens da esquerda, em corcundas e não-corcundas, em fascistas e democratas, e essas distinções são inatacáveis. Mas a verdade, vós o sabeis, é o que simplifica o mundo, e não o que gera o caos. A verdade é a linguagem que exprime o universal. Newton não “descobriu” uma lei que estivesse durante muito tempo dissimulada, como a solução de charada; Newton efetuou uma operação criadora. Fundou uma linguagem de homem que pode exprimir a queda da maçã na terra e a ascensão do sol. A verdade não é o que se demonstra, é o que simplifica.” Página 133, Terra dos Homens – Antoine Saint-Exupéry

domingo, 10 de agosto de 2008

Oi des. Pode parecer básico demais, mas achei importante voltar para o início de tudo. Então aí vai a definição de latência, segundo o dicionário Aurélio : Período de inatividade entre um estímulo e a resposta por ele provocada.( eu entendo isto como o espaço entre o desejo e sua manifestação); Incubação.
Latente: Que permanece escondido; que não se manifesta; oculto.
Vamos pensar na latência.Desvendar cada camada para chegar no centro e trazer a tona.
Sei que não estou trazendo novidade nenhuma para vcs, mas vale a pena lembrar de onde tudo começou.
Bjs apaixonados.
Cintia Napoli

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Espaço para o Imaginário

"No cinema se você não dá espaço para o imaginário a obra não chega a ultrapassar o tempo e o espaço." Careimi Assmann

sexta-feira, 25 de julho de 2008

quarta-feira, 23 de julho de 2008

sobre o calor de que falamos a pouco

ai, ai ... não resisti. Um vídeo em homenagem a minha Madeleine!
Para provar que as suspensões podem ser muito quentes .............

http://www.youtube.com/watch?v=oddg6dCB7FE&feature=related

Daniel Askill

Esse é o link para a imagem do Daniel Askill que mais me inspira ... a mulher na água ... latência e suspensão ... o que revelar???

http://www.youtube.com/watch?v=HYBmIXI9YK4&feature=related

Esse vídeo faz parte da trilogia "We have decided not to die" (Ritual 1). Sugiro ver os três.
E mais um: "Suspended Desbelief"
Esteticamente todos os trabalhos são interessantíssimos. Aproveitem!!!

LUZ DEMAIS NOS TEXTOS

Um texto com espuma, névoa ou escuro serve para que a pessoa possa imaginar e divagar na leitura. Um texto claro demais leva o soldado para a guerra. (Anotações feita por Yiuki num bate papo do Rubem Alves no lançamento do livro O Melhor de Rubem Alves no Fnac, 21/07/2008.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A ação do olhar


"Experimentamos uma espécie de frustração diante de uma fotografia, ela provoca, quase sempre, o desejo de mais informação. Queremos saber sobre antes e depois, perguntamos sobre as pessoas, o lugar, o evento, a época. Buscamos a historinha que a imagem insinua e oculta, o texto que falta, falado ou escrito. (...) Como a vida está suspensa, na fotografia, resta a ação de nosso olhar, que percorre e analisa a imagem reparando pormenores insignificantes, computando detalhes que jamais prenderiam nossa atenção ao vivo, emprestando-lhes significados que, muitas vezes, inexistem no contexto real."


(O que é fotografia - Claúdio Araújo Kubrusly)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Fotodança-Luciana Bortoletto e Gil Grossi

Recortes de Luz. Movimento. O Gesto e a Imagem. A Dança sugere o Retrato. As fotografias projetadas no pano dialogam com os intérpretes, e o dueto transforma-se diante do espectador, sugerindo novas imagens a cada instante. Dança e Fotografia fundem-se, construindo um jogo cênico no qual o criador-intérprete é permeável para receber e absorver estímulos e transformá-los em Dança. As cenas unem-se por um fio condutor que preserva latente os movimentos mesmo quando estes deixam de existir no espaço cênico. São reverberações da cena no espectador e a percepção do Tempo de cada Imagem gerada no Corpo dos intérpretes

Uma sinopse de um trabalho(Pontos de Vista) de Luciana Bortoletto e Gil Grossi. Eles denominam suas pesquisas de Fotodança. Tem um material muito rico para nos.Eles estao pesquisando há 7 anos.

PERFEIÇÃO DO INVENTO

"Parece que a perfeição é atingida não no instante em que não há mais nada a acrescentar à máquina e sim quando não há mais nada a suprimir. Ao termo de sua evolução a máquina se dissimula.
A perfeição do invento confina assim com a ausência de invento. E assim como, no instrumento, toda a mecânica aparente se foi pouco a pouco sumindo até que ele se fizesse tão natural como um seixo polido pelo mar, assim também é admirável como o uso da máquina nos faz, pouco a pouco, esquecer a máquina." (Terra dos Homens, Antoine de Saint-Exupéry)

sexta-feira, 11 de julho de 2008

CONSTRUIR x HABITAR

"Somos todos bárbaros novos que ainda se maravilham com seus novos brinquedos. Não têm outro sentido nossas corridas de avião. Esse sobe mais alto, aquele corre mais depressa. Esquecemos por que o fazemos correr. A corrida provisoriamente, mais importante que o seu próprio objetivo. E sempre é assim mesmo. Para quem funda um império o sentido da vida é conquistar. O soldado despreza o colono. Mas o fim da conquista do soldado não é o estabelecimento do colono? Assim, na exaltação dos nossos progressos, fazemos com que os homens servisem ao estabelecimento de vias férreas, à construção de usinas, a perfuração de poços de petróleos. De certo modo esquecemos que essas construções são feitas para servir ao homem. Nossa moral foi, durante o péríodo da conquista uma moral de soldado. Mas agora precisamos colonizar. Precisamos dar vida a essa casa nova que ainda não tem fisionomia. A verdade para um, foi construir; para outro é habitar." (Terra dos Homens, Antoine de Saint-Exupéry)

RISO revela um dos segredos da alma - Rubem Alves

"O riso é uma ejaculação repentina de alegria. E ele acontece quando o inesperado aparece à nossa frente e nos passa uma rasteira. Todo bom contador de piada sabe disso. É preciso que o final seja um final que ninguém esperava. É o inesperado gracioso que faz o corpo explodir de riso.
O riso revela um dos segredos da alma: a alma não gosta de marchar. Na marcha tudo é igual, previsível, feito em parada militar. A alma é bailarina que gosta mais é de dançar. Por isso que, no seu estado original, (e isto é lição que a psicanálise nos ensina) a alma é uma criança brincalhona. É uma feiticeira que se deleita nas mais insólitas e proibidas transformações. É o poeta que escreve, e o mundo nunca é mais o mesmo. É palhaço que se ri de que o mundo seja assim tão parecido com um circo..."
Crônica: Bosta de vaca e política (Rubem Alves)

quinta-feira, 10 de julho de 2008