quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Aparição da Latência

Outra coisa estranha...
Pois estava eu vindo do ensaio pensando em coisas sobre minha latência e quando parei num semáforo senti a presença de uma pessoa ao meu lado, olhei e vi um cara. conectei-me com seus passos e andamos alguns metros juntos.
Eu pra variar estava de fone nos ouvidos e fazendo um TSURU com papelzinho de um Halls e tentando me COMUNICAR com ele. Não sei como mais ele alguns metros depois disse:
- E ai estamos andando juntos um tempo e você não vai dizer nada?
tirei um dos fones e disse:
-Oi?
Ele repetiu a frase e ai começamos um diálogo inesperado, falamos de trabalho, cansaço e até de férias... então ele disse que era músico
-Prazer sou Bailarino
E fomos mais alguns quarteirões conversando, não sei o nome dele, e nem como ele percebeu a minha VONTADE de COMUNICAR que era grande e no momento era o que eu precisava.

Será que minha latência começa a aparecer????
tomara que sim não é?

seguimos trabalhando... bjs

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

um olhar na fenomenologia

um pouco de Merleau Ponty para refletir:

- a fenomenologia tem por objetivo descobrir o mundo antes do saber e do conceito- a partir do "ser bruto"-, segundo o jargão merleau pontyano-, e por isso esse é um processo de "deslumbramento", segundo o filósofo, pois o poeta procura, mas nem sempre encontra, apoio na linguagem proferida. Razão pela qual Merleau-Ponty define,na famosa introdução ao seu trabalho mais extenso, a Fenomenologia da percepção, que "a melhor fórmula da redução é um espanto[étonnement] diante do mundo.
- a fenomenologia é o estudo das essências; em nenhum momento ela se afasta da existência, plano em que as idéias não são puras, isto é, regradas de princípio cartesiano(idéias claras e distintas) ou Kantiano(formas de intuição e categorias do entendimento). Sabemos que no mundo vivido as razões estão ocultas, não manifestas, isto é, o instante em que o sujeito e o objeto se abraçam(num primeiro momento a partir do corpo próprio) : nem sujeito, nem objeto.
- procurar a essência do mundo não é procurar o que ele é em idéia, como se ele fosse um objeto para o pensamento , mas a experiência pré objetiva que, segundo Merleau-Ponty, "eu não domino porque é inesgotável"
Por Cristiano Perius

Isto tudo significa muito para nós. Arrisco dizer que estes trechos retirado da matéria sobre Fenomenologia e Estética deveriam ser lidos por nós todos os dias como ponto de partida para a criação. Lógico que sempre discutimos muito sobre a experiência do corpo ou como a vida nos deixa diferentes marcas, fazendo cada um ser o que é e que é exatamente isto que interessa no nosso fazer artístico ; mas é bom demais encontrar uma base teórica para aquilo que acreditamos empiricamente. Para o trabalho que busco juntamente com vcs, isto é uma grande verdade.
Vamos ao trabalho(continuar)
Bjs enorme
Cintia Napoli

terça-feira, 2 de setembro de 2008

comunicação...

Conversas por MSN com uma grande AMIGA e olha no que deu:

Candice diz: estava estudando a etnologia da palavra conversar e sabe o que significa?
Candice diz:dar voltas
Peter diz: rsrsrs não acredito
Candice diz:com outro tempo, outro significado, outro ambiente, outras pessoas
Peter diz: eu penso muito nessa minha dança, em comunicar o que sinto
. E ás vezes não cabe tudo sabe
Candice diz: porque talvez latências não sejam só críticas mas sensíveis tb e a comunicação nasce da diferença. Todo processo de comunicação pressupõe a existência da diferença. É preciso ser capaz de reconhecer o outro, existir algo q se destaque em um ambiente de iguais para q a comunicação se estabeleça. Desde o começo da vida todas as ações q guiam o reconhecimento desse outro são acompanhadas de um mesmo sentimento: o medo. Às vezes quando pensamos em comunicar carregamos a idéia de um corpo recipiente, que tem idéias que a gente tira e põe. Isso é muito louco por exemplo qdo a gente pensa nas metáforas. As metáforas são muito eficientes para comunicar coisas, pois sugerem significados mas não encalacram ele no corpo. Estão num fluxo contínuo com o lugar onde a gente tá. Adoro pensar nisso CORPO É MUNDO, isso é da Katz e Greiner